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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Megalópoles


Segundo especialistas presentes no Congresso Mundial da Saúde, em Berlim, as megalopoles (cidades com mais de 10.000.000 de habitantes, a mesma população que Portugal!) são potes, onde não só se misturam culturas, como também se propagam doenças com facilidade, causando epidemias ou ampliando-as.

Não moro numa cidade, no início por necessidade, neste momento por escolha, e posso afirmar que não é só o problema sanitário que me leva a escolher meios pequenos em detrimento de grandes cidades.
Nas cidades, se não conhecermos as pessoas certas nos ambientes de saúde (hospitais, centros de saúde, etc) é-nos mais dificil aceder a bons serviços.
Os serviços básicos, e também de prevenção são de mais fácil acesso em meios pequenos. O ar que se respira é mais puro. A informação está na ponta dos nossos dedos e portanto não é necessário estarmos "onde as coisas acontecem".
Tudo isto e também porque consigo passar um mês sem tirar o carro da garagem, a escola das crianças ser do outro lado da rua e ir a pé para o trabalho, são razões para me sentir bem nesta vila. Não tenho muitas escolhas em termos de cultura e desporto, mas as que há são aproveitadas ao máximo.
E vocês? O que preferem e porquê?

2 comentários:

  1. Compreendo bem as vantagens de viver nos meios mais pequenos, mas, no meu caso, prefiro as cidades grandes por dois motivos principais: na minha área de trabalho é importante porque é lá que estão os clientes e é onde me posso inspirar a cada passo que dou, porque tudo muda, as pessoas são todas muito diferentes e as ideias surgem desta mutabilitade constante; por outro lado, gosto de estar no meio da mecânica urbana, de pensar sobre a sociedade (de como ela se move e comporta) de estudar as ruas, de pensar nas vidas que por lá passaram...
    Nunca pensei na questão da saúde - tenho a sorte de recorrer muito pouco aos hospitais ou centros de saúde - embora ache que a cidade onde vivo, em particular, é deficiente em termos de "limpeza", mas isso é uma questão cultural e não se verifica em todas as cidades grandes. Na verdade, não ponho de parte a possibilidade de viver numa megalópole...

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  2. A meu ver são dois os factores principais que influenciam a compra de uma casa: a relação preço/qualidade e a localização.
    O primeiro é um factor objectivo de fácil avaliação e decisão: sabemos o preço e conseguimos facilmente percepcionar a qualidade dos acabamentos, materiais, etc.
    O segundo é mais subjectivo, uma vez que quando falamos em localização, muitas vezes, referimo-nos à qualidade de vida que poderemos usufruir nesse local. Reparem que quando avaliamos este factor (localização) pensamos na distância das vias de comunicação que utilizamos, das escolas que, nós ou os nossos filhos, frequentamos, dos transportes, dos espaços de lazer existentes nas redondezas e outros factores que contribuem para uma boa localização.
    É aqui que entra a subjectividade... para mim uma boa "localização" reside no silêncio que posso escutar, na terra que eu e os meus filhos podemos sentir e cheirar, na liberdade de movimentos e na privacidade que temos. No entanto, temos que admitir que não temos a mesma qualidade no ensino, as actividades extra-curriculares são diminutas e estamos longe de diversos serviços.
    A avaliação de cada um é baseada nas suas expectativas e convicções... Não podemos esquecer é que o custo da nossa decisão é sempre o custo da melhor alternativa sacrificada.

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