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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mesmo medicamento, mesmo preço.


A Ordem dos Médicos propôs hoje, que os fármacos com a mesma substância activa tenham o mesmo preço, e que esse preço seja o mais baixo entre eles.

A ideia parece à partida promissora, uma vez que os utentes acabam por escolher, se lhes for permitido, o medicamento mais barato. Assim, com preços iguais deixa de haver uma escolha fundamentada por um só critério, o preço, para ser feito por critérios científicos escolhidos pelos médicos.

Mas, e que critérios são esses? Falam de bioequivalências "pouco equivalentes", mas quem dá o aval a esses medicamentos é o INFARMED. Será que o INFARMED não é uma entidade credível?

Voltam os utentes a não ter escolha, ainda que a sua escolha recaia quase sempre no preço? Explicarão os médicos aos utentes porque escolhem o medicamento A em vez do B?

Por um lado, pela lei da selecção natural, deixarão de existir um série de marcas de medicamentos genéricos. Os laboratórios terão que fundamentar muito bem as suas mais-valias...mas chegarão a suas razões ao conhecimento público?

Por outro lado é uma ideia que fará o estado poupar muito dinheiro, e também aos utentes, e com tantos cortes aberrantes este será benvindo.

Vamos ver até onde nos leva esta sugestão!

1 comentário:

  1. É mais do mesmo..., sinceramente acho que é uma tentativa desesperada de manter os benefícios adquiridos em anos e anos de propaganda médica dos laboratórios junto da classe médica.
    É que com esta história da prescrição obrigatória por DCI, os laboratórios estão a virar-se para as farmácias e depois o cartão das milhas da TAP de uns Senhores Doutores vai começar a acumular cada vez menos pontos..., ao passo que o de outros...

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