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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

HOMEOPATIA

(in:http://jdc325.wordpress.com/2007/11/)


Foi na última edição da revista Visão, com a capa "Homeopatia, cura ou fraude?", que encontrei uma maneira de transmitir o que penso sobre a matéria, a quem achava que eu não tinha razão. Isto é, apesar de tentar explicar a quem me rodeia das incongruências desta pseudo-ciência foi preciso porem os olhos neste artigo para que "vissem" a verdade.

Nada na homeopatia faz sentido! As diluições extremas, a cura pelo semelhante, o agitar das águas, as memórias da água, enfim, tudo patranhas.

Não posso, como farmacêutica, sequer sugerir este tipo de produtos a qualquer pessoa! Como posso garantir a sua função se dentro dos frascos só há água a preços exorbitantes!

Por favor, se pensam em recorrer a estes produtos, façam milhares de perguntas a quem vos sugere a toma deles e reparem nas discrepâncias de informação.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Suplementos Alimentares


Hoje, cruzei-me com um artigo muito interessante sobre o benefício (ou inexistência dele) de um tipo particular de suplemento alimentar (omega-3 e vitaminas do grupo B) nas doenças cardio-vasculares.

Neste estudo, onde participaram 2501 doentes, com um tempo médio de suplementação de 4,7 anos, foi concluído que não há suporte para o uso regular destes suplementos para a prevenção de doença cardiovascular, em doentes com história prévia de doença cardíaca isquémica ou AVC isquémico.

Se não se provaram benefícios em pessoas já doentes, terão alguma vantagem as pessoas sem doença cardíaca prévia? Se não há antecedentes cardíacos estamos a prevenir o quê com estes suplementos?

Como farmacêutica, tenho dificuldade em encontrar estudos fidedignos dos benefícios de imensos suplementos, mas não posso ignorar estes produtos porque sou solicitada para o seu aconselhamento todos os dias.

E os utentes? Não deveriam eles ter acesso a estes dados também? Sim, respondo eu, e se fosse através dos farmacêuticos seria o ideal: informação digerida e dirigida a quem tivesse interesse.

Ora aqui está um bom serviço à população, especialmente em tempos de crise, em que o "vil metal" deve ser gasto com qualidade: os melhores produtos de saúde, para quem deles precisa e ao melhor preço.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

E o Sr. Presidente da República vetou!

Os Dias do Presidente

O Presidente da República devolveu ao Governo, sem promulgação, o diploma sobre prescrição de medicamentos que prevê a obrigatoriedade de indicação do nome genérico e, também, a obrigatoriedade da prescrição electrónica.

As dúvidas suscitadas pelo n/ Presidente da República são do mais elementar e deveriam ter sido postas por quem quis adiantar esta lei, cujo tema ainda se debate na AR.

Não é uma lei descabida, mas é uma lei que tem que amadurecer muito na opinião portuguesa, porque põe em todos os cidadãos a carga da escolha de um produto de saúde, do qual, na maior parte das vezes, nada conhece a não ser o preço.

Quem está disposto a fornecer conhecimento sobre medicamentos aos utentes?

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mesmo medicamento, mesmo preço.


A Ordem dos Médicos propôs hoje, que os fármacos com a mesma substância activa tenham o mesmo preço, e que esse preço seja o mais baixo entre eles.

A ideia parece à partida promissora, uma vez que os utentes acabam por escolher, se lhes for permitido, o medicamento mais barato. Assim, com preços iguais deixa de haver uma escolha fundamentada por um só critério, o preço, para ser feito por critérios científicos escolhidos pelos médicos.

Mas, e que critérios são esses? Falam de bioequivalências "pouco equivalentes", mas quem dá o aval a esses medicamentos é o INFARMED. Será que o INFARMED não é uma entidade credível?

Voltam os utentes a não ter escolha, ainda que a sua escolha recaia quase sempre no preço? Explicarão os médicos aos utentes porque escolhem o medicamento A em vez do B?

Por um lado, pela lei da selecção natural, deixarão de existir um série de marcas de medicamentos genéricos. Os laboratórios terão que fundamentar muito bem as suas mais-valias...mas chegarão a suas razões ao conhecimento público?

Por outro lado é uma ideia que fará o estado poupar muito dinheiro, e também aos utentes, e com tantos cortes aberrantes este será benvindo.

Vamos ver até onde nos leva esta sugestão!